O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deu o aval para o FGTS Futuro ser utilizado na aquisição da casa própria por famílias de baixa renda. A medida foi decidida em reunião realizada nesta terça-feira (26), com foco inicial nas famílias que fazem parte da Faixa 1 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Essa iniciativa, que ainda passará por um período de teste, visa utilizar os depósitos futuros do FGTS dos trabalhadores para complementar a renda e auxiliar no pagamento das prestações dos imóveis financiados pelo programa. Inicialmente, serão contempladas famílias com renda mensal de até R$ 2.640, mas a intenção é expandir a medida para todas as faixas do MCMV, que têm um limite de renda familiar de R$ 8.000.
Para que essa modalidade entre em vigor, a Caixa Econômica Federal precisa publicar as normas operacionais, com um prazo máximo de 90 dias para o início das operações.
O FGTS Futuro permitirá que as famílias beneficiadas complementem o pagamento das prestações, especialmente aquelas que comprometem até 30% de sua renda mensal com o financiamento da casa própria. Por exemplo, se uma família comprovar uma renda de R$ 2.640, poderá pagar parcelas de até R$ 792 no financiamento. Com o FGTS Futuro, essa diferença entre a parcela e a renda passa a ser complementada com os depósitos futuros do FGTS.
Estima-se que aproximadamente 60 mil famílias com renda de até dois salários mínimos sejam beneficiadas anualmente por essa medida, que será aplicada somente a novos financiamentos no âmbito do Minha Casa, Minha Vida.