3 de agosto de 2025

BBAS3 despenca 7% em 01/08: Três fatores que derrubaram as ações do Banco do Brasil

No pregão de 1º de agosto de 2025, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) sofreram uma forte queda de 7%, fechando cotadas a R$ 18,35. O movimento abrupto, intensificado após as 15h30, foi motivado por uma combinação de três fatores-chave: lucro operacional abaixo do esperado, revisões negativas de projeções e rumores envolvendo possíveis sanções internacionais.

A seguir, entenda em detalhes cada um desses fatores.

1. Lucro operacional bem abaixo das expectativas

Dados divulgados pelo Banco Central referentes a maio mostraram que o Banco do Brasil registrou lucro de apenas R$ 454 milhões naquele mês, menos de um terço do valor obtido em abril. Essa redução expressiva levou o mercado a revisar as projeções para o 2º trimestre de 2025, que agora giram entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões, contra a expectativa anterior de cerca de R$ 5 bilhões.

Essa frustração aumentou o temor quanto à performance do banco no curto prazo, especialmente diante de um cenário mais desafiador para o setor financeiro.

2. Revisões negativas de projeções e recomendações

No mesmo dia, o BTG Pactual reduziu significativamente suas estimativas para o Banco do Brasil. O preço-alvo de BBAS3 caiu de R$ 30 para R$ 24, com manutenção da recomendação neutra.

O corte nas projeções foi atribuído, em grande parte, à deterioração da carteira de crédito do agronegócio, setor que representa fatia relevante das operações do banco. Segundo analistas, o problema deixou de ser visto como cíclico e passou a ter características estruturais, o que aumenta o risco de rentabilidade mais baixa nos próximos trimestres.

3. Rumores de sanções ligadas à Lei Magnitsky

Outro elemento que intensificou a aversão ao risco foi o surgimento de rumores sobre possíveis sanções dos EUA envolvendo o Brasil, no âmbito da Lei Magnitsky. O nome do ministro Alexandre de Moraes foi citado em especulações, levantando dúvidas sobre impactos em instituições financeiras.

O Banco do Brasil, por sua função estratégica e exposição a operações internacionais, foi visto como mais vulnerável, gerando preocupação entre investidores estrangeiros e impulsionando ordens de venda em grande volume.

Cotações

  • Fechamento 01/08/2025: R$ 18,35 (-7,02%)
  • Fechamento anterior (31/07/2025): R$ 19,73
  • Variação acumulada no ano: +12,4% (mesmo após a queda)
  • Volume negociado no dia: R$ 2,1 bilhões

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